3 lições que um chef de cozinha pode ensinar para o seu negócio

24/01/18

É possível tirar lições importantes de várias áreas diferentes para o mundo empresarial. Muitas pessoas costumam usar a guerra para traçar seus paralelos – a Arte da Guerra é livro de cabeceira de diversos empresários famosos. Outros, preferem usar a competitividade de esportes, como o futebol, para metáforas sobre o mundo corporativismo.

Nesse texto, vamos mostrar como você pode dar um up na gestão do seu negócio sem ir muito longe – mais precisamente, até a cozinha. Veja que lições você pode aprender com um chef gastronômico.

O cardápio é o ponto de partida

Numa cozinha, todos os procedimentos são desenvolvidos com base no cardápio. É comum os restaurantes fazerem uma reunião com todos os funcionários antes de cada dia de trabalho para definir detalhes do serviço, ingredientes que serão utilizados e distribuição dos garçons com base na disponibilidade do dia.

Essa é a lição mais básica do mundo do empreendedorismo: planejamento. Mas também é uma das mais esquecidas. Se uma empresa não planejar seu funcionamento nos mínimos detalhes, as chances de atingir suas metas são praticamente nulas.

Mas é claro que o planejamento não é um documento imutável que não pode ser alterado. O mercado é dinâmico, muda a toda hora, e imprevistos sempre acontecem. Você deve estar preparado para mudar o rumo das suas ações como um chef deve estar para contornar a falta de um ingrediente importante. Por isso, reuniões periódicas com a equipe são muito importantes. Pelo menos uma vez por semana, reúna seus colaboradores para passar instruções e conferir o andamento dos trabalhos.

Comunicação é essencial

A estrutura operacional de uma cozinha não é muito diferente de uma empresa: temos um líder encarregado da coordenação e os demais colaboradores fazendo funções específicas. O que a torna diferente é o ritmo frenético do trabalho, a pressão envolvida e a tolerância zero para erros. Mais ou menos como no seu trabalho, quando aparece uma emergência, só que o tempo todo. E a única forma de fazer tudo funcionar num ambiente desses é através da comunicação.

Não estamos falando, obviamente, dos gritos e broncas que ficaram famosos nos reality shows gastronômicos. A lição a ser aprendida é a importância da conversa direta, olho no olho, sem rodeios. A presença do coordenador ao lado dos colaboradores e a troca constante de informações entre eles é o que faz o negócio funcionar.

Bons ingredientes não bastam; é preciso saber usá-los

Bons chefs não são os que utilizam os melhores ingredientes, mas os que sabem tirar o melhor sabor de cada item que utilizam. A mesma coisa acontece nas empresas, quando substituímos “ingredientes” por “colaboradores”.

Esse processo começa logo na seleção. É extremamente importante saber selecionar as melhores pessoas para trabalhar na sua empresa. Isso inclui olhar além das informações de currículo e portfólio e analisar atentamente o perfil do candidato, se ele se encaixa nos valores do seu negócio.

Outro ponto muito importante é permitir que o colaborador desempenhe apenas a sua própria função. É comum encontrarmos empresas que tentam reduzir custos com colaboradores “multitarefa”, que improvisam em outras áreas além da sua especialidade e acabam comprometendo a qualidade do resultado final. Lembre-se do velho ditado: a prática leva à perfeição. No restaurante de Jiro Ono, o sushi chef mais famoso e reconhecido do mundo, um funcionário passa anos realizando uma única função, por mais simples que ela pareça – como preparar o arroz – apenas para atingir a excelência.

A administração de empresas é assim: em todo lugar que observamos, podemos aprender valiosas lições. E no mundo da gastronomia ela costuma vir em grandes porções. Planeje bem suas ações e tenha muita disciplina, mas esteja preparado também para improvisar. Se esses itens estiverem presentes no seu cardápio, é quase certo que seus clientes voltarão para pedir mais.